segunda-feira, 5 de outubro de 2009

//////////Privacidade e a rede telemática

É notável o sem-número de informações que nossos computadores carregam sobre nós. Ao navegar na web, as vezes não percebemos a quantidade de informações que estamos expondo. Alguns trabalhos de webarte fazem o espectador pensar sobre este assunto em algum momento de fruição da obra.
O exemplo que me vem à mente é o trabalho Meta4Walls de Lucas Bambozzi. O artista desde 1999, colecionou o lixo eletrônico que recebeu sob a forma de SPAMs - mensagens não solicitadas. A partir disto construiu um site com mensagens convidativas onde o internauta sente-se impelido a clicar. Uma destas mensagens é criada a partir de um comando no qual são recolhidas informações do computador que acessa o site e devolvidas ao espectador em forma de uma janela informativa. Esta obra, que por vezes parece um site com vírus, choca o espectador no momento em que coloca na tela suas informações fazendo esta funcionar como um espelho.
O fim da privacidade é tema do trabalho Disembodied Voices de Jody Zellen que cria espaços urbanos na tela do computador com vozes de pessoas falando ao celular. No site, é dito que os celulares e seu uso transformam o espaço urbano em um local compartilhado de conversas particulares, associando este fim da privacidade e espaço privado ao uso de celulares, mas também fazendo uma crítica ao declínio do contato visual e tátil entre as pessoas.
No livro New Media Art de Mark Tribe e Reena Jana, é demonstrada a obra Life Sharing da dupla de artistas Eva e Franco Mattes, conhecidos como 0100101110101101.org. A idéia é colocar online, em amplo alcance, todos os arquivos de seus computadores numa ação performática e questionadora da importância ou não-importância da privacidade. O propósito é seguir a frase:
Compartilhe seu conhecimento e você alcançará a imortalidade (Dalai Lama).
Para mais explicações sobre o conceito deste trabalho acesse aqui.


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